Regionalização
Concordando com a regionalização, em 1998 não aceitei votar a favor de algo que não sabia como iria ser colocada na prática… como seria feita a distribuição dos orçamentos regionais… que localidades de cada região (no meu caso trás-os-montes e alto douro) ficariam com o poder de decisão.
Recordo-me dum debate (num domingo de manhã) na Rádio Voz do Marão, no qual os presidentes das principais Câmaras Municipais dessa região (penso que Vila Real, Bragança, Chaves, Mirandela e Peso da Régua) defenderam que esta seria uma questão sem importância. Contudo, no dia seguinte, o presidente da CM de Mirandela, defendia (em entrevista ao Primeiro de Janeiro ou ao Comércio do Porto) que a capital deveria ser... Mirandela.
Por isso, não aceitei passar um cheque em branco e votei não. Da próxima vez, espero poder votar sim, mas quero ver, entre muitas outras, estas dúvidas esclarecidas:
- Como será feita a distribuição dos orçamentos regionais? Quais os critérios?
- Os ganhos das regiões (impostos, entre outros) ficarão na região ou irão para um governo central visando a posterior redistribuição? Em que percentagens? Quais os critérios?
- Pensando numa grande região norte (distritos a norte do Douro) onde ficará o poder de decisão? Tudo parece encarreirar para que seja no Porto, mas na mesma lógica da descentralização do poder, não poderão as outras cidades exigir este poder de decisão?
- Já agora, não estará Vila Real numa posição geográfica benéfica para ser esse centro de decisão? A verdade é que ficaria, basicamente, no centro da região, e uma cerca de 1 hora de viagem das restantes capitais de distrito dessa grande região norte...
Alguém quer responder?