falemos a sério...
Não posso deixar de escrever uma pequena nota sobre uma das implicações do Plano de Ajustamento definido pelo FEEF: o término e a fusão de autarquias.
É, considero, uma óptima ideia e algo necessário, num país onde algumas freguesias são maiores que muitos munícipios.
Servirá até para um funcionamento mais lógico, coerente, eficaz e eficiente de diversos projectos e iniciativas. Por defeito de formação, dou como exemplo a criação de diversas respostas sociais, que independentemente do número de indivíduos da população-alvo residentes, parece que é uma obrigação cada concelho ter a sua (lar de idosos, creches, infantários, entre outros).
Contudo, e infelizmente, considero também que vai ser algo extremamente díficil (senão impossível) de atingir.
Recordemos, por exemplo, as guerras que já existiram para promover determinadas cidades e vilas a concelho. Imagine-se agora, as guerrilhas partidárias que muitos responsáveis farão, quando verificarem que a sua freguesia ou o seu concelho será "anexado" pela/o vizinha/o.
Mas no meio disto tudo não podemos deixar de reflectir em algo que está indirectamente relacionado: a necessidade de uma séria reforma do sistema eleitoral português (assembleia da república, governo e autarquias),
Quanto à Assembleia da República, teria que passar por uma diminuição do número de deputados, com a criação de ciclos uninominais por círculo eleitoral e um círculo nacional. Associado a isto, uma eleição nominal do Primeiro-Ministro e o aumento dos vencimentos dos deputados.
Quanto às autarquias, não seria mais eficaz, digamos, uma diminuição dos cargos autárquicos e possibilitar esta gestão articulada através de algo chamado... sei lá... REGIONALIZAÇÃO?