Chama-se (ou chamava-se) Projecto Inclusão e está (ou estava) a ser promovido pela Rede Ex-Aequo. Visa (ou visava) a incentivar o combate à homofobia e transfobia nos estabelecimentos educativos. Os serviços do Ministério da Educação não aprovaram por ser uma campanha (dizem eles - os do ministério) ideológica.
E talvez tenham razão. Existe uma ideologia presente. Chama-se defesa dos direitos humanos. E o Ministério da Educação não aprovou.
Um facto curioso, a campanha foi, desde o início aprovada pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, uma entidade estatal... tal como o referido ministério...
Em Novembro de 2003 tive a oportunidade de participar num congresso sobre a Perturbação da Identidade de Género, onde abordei "O Papel do Trabalhador Social em Equipas Multidisciplinares no Tratamento da Perturbação da Identidade de Género". Trocado por miúdos, Perturbação de Identidade de Género é o nome dado pela American Psychiatric Association para algo que é normalmente conhecido por transexualidade, no Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais.
Lembro-me de, na altura e no final da minha apresentação, ter colocado a questão sobre a presença/existência desta (dita) psicopatologia nos manuais de diagnóstico, e lembro-me de todos os presentes (psicólogos, médicos, psiquiatras, trabalhadores sociais, assistentes sociais, entre outros) terem concordado com a falta de lógica dessa existência, defendendo a retirada desse diagnóstico (à semelhança do que aconteceu com a - na altura entendida como - doença "homossexualidade").
Relembro isto porque vai decorrer amanhã, em Lisboa, uma manifestação, enquadrada na campanha internacional "Stop Trans Patologização - 2012" que visa evitar que o referido manual (DSM) e o seu "homólogo" da Organização Mundial de Saúde (CID), a sair em 2013 e 2014, respectivamente, identifiquem e apresentam a transexualidade como uma doença.
Esta é uma campanha a acompanhar e um evento a, se possível, participar.
Um comentário impressionante aquando da ilegalização do casamento "gay" na Califórnia.
O Jornal de Notícias apresenta-nos hoje um conjunto de peças sobre as dificuldades que muitos idosos enfrentam, derivadas de dificuldades de mobilidade, mas promovidas pelas condições (ou no caso, a falta das mesmas) de acessibilidade nas suas habitações. Sob o título (bastante bem escolhido) de "Idosos em Prisão Domiciliária, pode ler-se (aqui e aqui) e ver-se (aqui) diferentes situações, que facilmente (com interesse e bom senso) poderiam ser, de forma relativamente fácil, resolvidas.
É um bom exemplo dos alertas que o jornalismo pode lançar. O problema é que, ou muito me engano, ou ficará pelas páginas de hoje do JN e pelas memórias dos seus arquivos.
Bastante interessante a infografia que o Jornal de Notícias está a disponibilizar sobre a situação das penas de morte no mundo, recorrendo a dados de 2009 fornecidos pela Amnistia Internacional. Mete-me confusão ver que, e retirando da contabilização a zona do médio oriente (por motivos que por agora me escuso a comentar) a América do Norte (Estados Unidos - sede das Nações Unidas - e Canadá) é responsável por dois terços das execuções no ano passado, sendo por isso em número superior às que aconteceram na Ásia, África Subsaariana e América do Sul (juntos).
Realce para a Europa e para a Oceânia onde a inexistência de pena de morte é a regra.
É curioso, mas ainda não dei conta de nenhuma reacção do Ministério da Saúde ao que aconteceu (acontece?) no Hospital de S. Marcos em Braga…
Confesso que não conheço aprofundadamente a legislação sobre as parcerias público-privadas dos hospitais nacionais, mas sei muito bem o que é um “consentimento informado” (instrumento fundamental da minha profissão.
O que se passou (e passa) no hospital de S. Marcos em Braga, deveria ser motivo mais que suficiente para invalidar quaisquer contratos que existam entre o Estado Português e o Grupo Mello Saúde.
Sou apenas eu a achar estranho esta lógica de disciplina de voto para os deputados socialista na votação de amanhã sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo?
Qualquer coisa como: "há disciplina de voto, mas se chatearem muito, nós damos liberdade..."