Chama-se (ou chamava-se) Projecto Inclusão e está (ou estava) a ser promovido pela Rede Ex-Aequo. Visa (ou visava) a incentivar o combate à homofobia e transfobia nos estabelecimentos educativos. Os serviços do Ministério da Educação não aprovaram por ser uma campanha (dizem eles - os do ministério) ideológica.
E talvez tenham razão. Existe uma ideologia presente. Chama-se defesa dos direitos humanos. E o Ministério da Educação não aprovou.
Um facto curioso, a campanha foi, desde o início aprovada pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, uma entidade estatal... tal como o referido ministério...
O secretário de Estado Adjunto e da Educação, Alexandre Ventura, afirmou na semana passada que os cortes na Educação não irão afectar a implementação da Educação Sexual nas escolas e que já foram formados CENTENAS de professores nessa área.
Alguém conhece algum professor que tenha tido esta formação?
Sai hoje a notícia que, finalmente, o Conselho de Ministros aprovou hoje a criminalização da violência escolar, onde estará incluída aquela que foi entendida por alguém (não me recordo o nome) como a "expressão mais terrorista do humor": o bullying.
Esperemos para ver, na legislação concreta, quais os moldes desta criminalização, onde se espera, segundo as palavras da actual Ministra da Educação, que sejam distinguidos os casos mais graves dos menos graves, sendo que estes últimos ficarão sobre a alçada escola.
Muito deu que falar a mensagem tipo "vitinho" da Sr.ª Ministra da Educação, Isabel Alçada, na semana passada. Mas tanto ou mais, está a dar que falar um conjunto de vídeos a parodiar essa mesma mensagem. Ficam aqui algumas.
Não se esqueçam de duas coisas: O dia tem 24 horas e, para além disso, estes videos são "memo" bons...
Nilton aproveitou a mensagem para colocar a Ministra da Educação a explicar o verbo tripar...
Rui Unas colocou-a no papel de Ministra da Educação Sexual...
Mas o melhor é mesmo a imitação duma criança de 11 anos...
Mas, como não há nada como o original, fica aqui também esse...
Quem me conhece e quem (por acaso) possa dar com este blog, sabe que sou um crítico do Processo de Bolonha. Não do que a declaração de Bolonha pressupõe, mas da forma como a mesma foi aplicada em Portugal, nomeadamente no que se refere ao Serviço Social. Aliás, em Agosto de 2007 escrevia por aqui que Bolonha tinha sido uma oportunidade perdida no âmbito desta formação em Portugal (ver aqui).
Não obstante, e embora seja discutível a aprovação de algumas adequações, uma das vantagens que este processo parecia ter trazido para a formação superior em Portugal, foi a reordenação e reorganização dos cursos, nomeadamente no que se refere às suas nomenclaturas. Digo parecia, porque se o foi num momento inicial, rapidamente essa vantagem, esse aspecto positivo, deu lugar a "mais do mesmo".
Sempre defendi que, existindo uma formação base em Serviço Social (os primeiros ciclos ou licenciaturas como se vulgarizou chamar em Portugal), deveria ficar para formação pós-graduada (segundos ciclos ou mestrados) as especializações.
Foi mais um momento não aproveitado. Já existia a licenciatura em "Gerontologia Social", em "Intervenção Social e Escolar", e eis que surge mais uma: a licenciatura em "Desenvolvimento Comunitário".
Estou certo que, daqui a mais uns anos (e não serão muitos) estaremos novamente a enfrentar a mesma situação de 2004/2005 no que respeita às designações e consequentes saídas profissionais.
Deixo de seguida, o artigo de opinião publicado, já lá vão uns meses, na revista online "Saúde Educação", sobre o assunto em epigrafe...
Violência inter-pares, consumo de drogas, violência no namoro, bullying, insucesso e abandono. Todas estas são palavras e conceitos que surgem constantemente associadas a uma outra: Escola. E (também) por estes motivos, a intervenção social em contextos educativos tem assumido uma especial importância na sociedade portuguesa com vista a prevenir, reduzir ou terminar com as diferentes problemáticas que os estudantes enfrentam.
Caro Pedro Rolo Duarte,
Não consigo deixar de pensar que se fosse "apenas isso", já não nos poderíamos queixar muito...
Hoje, o Bloco de Esquerda informa que vai propor a suspensão do pagamento das propinas no Ensino Superior Público, visto que (como refere Francisco Louça) «Na Alemanha não há propinas porque há um bom investimento no ensino superior. O ensino superior é um custo para o país mas não pode ser um preço para os estudantes, tem de ser uma vantagem para todos»
Não querendo reflectir sobre o facto dos Estados Unidos da América terem dos melhores sistemas de ensino superiores e ser pago... será certamente notícia de amanhã, na mesma lógica da proposta apresentada hoje...
... A NACIONALIZAÇÃO DE TODAS AS INSTITUIÇÕES PRIVADAS DE ENSINO SUPERIOR.